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sábado, 8 de junho de 2013

Míldio ataca e promete muito mais.

Pela primeira vez na minha horta o míldio atacou. De imediato arranquei o tomateiro atacado sem sequer pensar que doença poderia ser, pensei em míldio, mas como o tomateiro estava com excelente aspecto com folhas em excelentes condições e frutos bem formados e saudáveis, tive algumas dúvidas. Não hesitei em arrancar este tomateiro da variedade "tomate de barão negro", o meu único pensamento era evitar a contaminação aos outros, nisto da horticultura temos de estar preparados para perder um braço em vez de perdermos o corpo todo.

Meti-o no contentor do lixo, o ideal seria queimá-lo, lavei as mãos e verifiquei todos os outros, mais nenhum apresentava qualquer sinal. 

Fui estudar o problema para ver se descobria o que seria, após alguma pesquisa achei que seria fusarium, o que não era nada bom, nem tratamento há para isso, mas faltavam-me ainda respostas para algumas questões que só pude verificar na dia seguinte, entretanto mando um mail para o António (paixão na horta) e para o Rui (Esteves na horta) com fotos e uma descrição o mais completa possível do problema. O António respondeu logo a dizer que era míldio e o Rui corroborou a opinião.

Antes míldio que fusarium, pensei. 

No dia seguinte cheguei à horta e uma das minhas vizinhas de horta chamou-me para ver uma série de tomateiros que já tinham tomates, estavam bonitos e eram bastantes, quando olho melhor vejo um caule castanho, a mesma coisa que eu tinha descoberto no dia anterior no meu. Aconselho-a arrancar o tomateiro (ela tem os tomateiros muito juntos e nem se conseguia ver os caules em condições) mas não estava muito para aí virada, lá a convenci, à medida que arrancava um víamos outro, ela acabou por arrancar uns 8 tomateiros em estado muito mais avançado do que o meu, já com podres no interior do caule, e até à raíz. 

Comprei cal viva em pó para por na terra onde arranquei o tomateiro, conselho do António e do Rui.

A partir daí tenho vigiado diariamente todos os pés, e fiz uma limpeza nos ramos mais baixos dos tomateiros para evitar acumular humidades e não propiciar a doença, espero que seja suficiente e vou sulfatá-los com calda bordaleza mal pare de chover.

Estes dias que vêm vão ser piores, vai estar nevoeiro e temperaturas propícias ao desenvolvimento da doença, espero que não venha aí coisa mais grave.


Parte do caule atacada, está castanha e mole, vê-se também um ramo secundário já atacado. No entanto as folhas e o resto do tomateiro estão com óptimo aspecto. 

Macro da zona lesada

A raíz estava em perfeitas condições, bem desenvolvida e profunda, só tinha 1 mês na terra, portanto era um tomateiro que vendia saúde (eheheheh) e mesmo assim não aguentaria.

Outro tomateiro, duma vizinha, com o mesmo problema, mas este começava logo na coroa do tomateiro, o fungo já estará na terra.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Porque é a água da chuva melhor que a da torneira?




Chuva e mais chuva, após uns anos complicados em termos de seca, este 2013 está a revelar-se bem chuvoso, ao ponto de dizerem que este ano o verão só vai começar em Setembro e que até lá vai ser este tempo miserável e deprimente que num dia chega aos 27ºC e no dia seguinte só aos 17ºC e até dentro do mesmo dia apresenta amplitudes térmicas pouco próprias para a vida.

Já “refilei” com o clima actual, agora vou aproveitar as vantagens da chuva em relação à rega com água da companhia.

Porque é a água da chuva melhor que a da torneira?

1º - Porque é grátis.

2º - Porque não tem cloro, nem iões de cálcio ou de magnésio e fluor.

3º - Esta é a mais importante, as plantas adoram Azoto e é por isso que crescem tanto a seguir a umas boas chuvadas. A nossa atmosfera é composta essencialmente por cerca de 22% de Oxigénio e 78% de Azoto mas as plantas não conseguem absorver esses elementos do ar, precisam que este seja convertido em nitratos e é aí que entra a chuva. Se houver relâmpagos ainda melhor, já que estes irão fornecer a energia necessária para converter as moléculas de oxigénio e azoto em nitratos que reagirão com a chuva e formarão uma solução fraca de ácido nítrico que chegará às plantas através da água e que estas conseguem absorver, potenciando o seu crescimento.

Viva a chuva mas viva o verão também! Agora queremos é sol!


terça-feira, 4 de junho de 2013

Como cultivar Kale


Kale é um vegetal da família das brassicas (família da couves) e é uma couve de folhas, não forma cabeça, julga-se estar muito próxima da couve silvestre que originou todas as outras couves conhecidas.

Este vegetal gosta de tempo frio, é resistente a temperaturas negativas (até -7º C) e o seu sabor fica bem melhor se apanhar mais frio que calor. Acima dos 26º C as suas folhas ficam com sabor amargo.
De acordo com a variedade, tem um período de maturação de 45 a 75 dias e existem diversas variedades, de folha crispada, lisa, curta, comprida, verde clara, escura ou mesmo preta, etc.

Esta planta é bienal, o que quer dizer que dá sementes de 2 em 2 anos, mas no nosso clima comporta-se como anual.

Se se plantar no fim do outono deve colocar-se num lugar onde apanhe sol pleno, se se plantar na primavera deve plantar-se num local em sombra parcial, gostam da companhia de beterrabas, ervas aromáticas, cebolas e batatas mas não apreciam a companhia de tomates, feijões ou morangos.

O solo deve ser bem drenado, húmido (mas não encharcado), ligeiramente fertilizado, adora azoto e dá-se melhor em solo com pH entre os 5,5 e os 6,8. Solo muito argiloso prejudica o sabor do Kale.

É uma planta muito resistente mas mesmo assim pode sofrer ataques de lagartas, caracóis, mosca branca entre outra bicharada.

As folhas aguentam uma semana no frigorífico e são um rico complemento vitamínico para qualquer refeição, podem ser usadas da mesma forma que as couves.


Pela foto pode ver-se como é a terra deste canteiro, árida e difícil mas os kale crescem sem grandes problemas e nem sequer lhes dou muita água.

Pormenor de um Kale, está com muito bom aspecto meio na sobra.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Como está a minha horta em 2 de Junho de 2013?

Tomateiros
Diospireiro
Feijão  e Chicória Pancalieri
Alfaces no meio de tomateiros
Mais tomates
Abóbora branca, feijão e chicórias
Cebolas e chalotas
Pimentos doces
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