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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Doenças do tomateiro - Podridão apical

Dois tomateiros mostraram sinais de podridão apical, frutos que apresentam podridão na ponta do tomate, ou principalmente na parte de baixo do tomate, como se pode ver nas fotos.Os tomateiros estão a uns 7 metros um do outro e as variedades são diferentes, um é "Klondike" o outro é da variedade "Prato de Jantar". 

No "Prato de Jantar" arranquei 1 tomate num dia, 2 no dia seguinte e mais 1 no terceiro dia, no "Klondike" arranquei 2 tomates no mesmo dia, não os voltei a regar até a terra estar com a superfície bem seca e descobri-lhes um pouco a raiz. Pulverizei-os com um aditivo de cálcio (infelizmente era não orgânico) e não voltei a encontrar mais nenhum tomate podre, mas todos os dias os examino atentamente a ver se encontro algum.




  


A podridão apical é uma disfunção morfológica causada por um desequilíbrio de Cálcio na planta, pode ocorrer no tomate, no pimento, no pepino, abóbora e noutras variedades.
Acontece com mais frequência quando o crescimento da planta ocorre em tempo húmido e depois quando o fruto começa a crescer com tempo seco. Mas há outros factores que limitam a capacidade das plantas de absorverem o cálcio, como o stress hídrico (muita água ou pouca água), excesso de nitrogénio no solo, pH muito alto ou muito baixo, solo com muita salinidade e solo muito frio, todos eles contribuem para que a planta não absorva o cálcio correctamente, ele até pode estar no solo, simplesmente estes factores não permitem que a planta tenha acesso a ele.
Como prevenir

- Manter a rega uniforme, de 2 ou 3 em 3 dias dependendo do tipo de solo e do calor.

- Manter o pH do solo por volta dos 6,5.

- Antes de plantar fazer cobertura do solo e deixá-lo aquecer.

- Não utilizar fertilizantes com níveis muito elevados de Nitrogénio.

Controlo

Não regar sem que a superfície do solo esteja seca.

Aplicar cálcio em pulverização para que o tomate possa absorver o cálcio pela folha.

Remover os frutos atingidos mal aconteça a sua detecção.


2 comentários:

Uma Horta no Minho disse...

Viva João!

Em 2011 sofri amargamente, pois esta "Sr. Visita" (podridão apical) resolveu atacar em força a minha cultura tomatina.
Foram quilos de tomates para o lixo (pois, porque quando se trata de doenças eu não deito para a compostagem).
Espero e desejo que só tenha sido "visitado" por esses quantos que relatou, e que não voltem mais!
Os meus este ano estão bonitos (e queira DEUS que continuem); e ontem andei a dar uma vista de olhos mais em pormenor e "só" descobri meia dúzia de tomates rachados.
Vou aproveitar para lhe colocar umas questões:
O que é o "aditivo de cálcio" (e onde se adquire)?!?
Que fertilizantes se está a referir, concretamente, de "níveis elevados de Nitrogénio"?!?
Você faz alguma medição do PH do seu solo?!
Agradecido pela atenção!
Saudações,
António

Unknown disse...

Viva António.
Até agora ainda não tive mais visitas destas e eu "fiscalizo" plantas e frutos com assiduidade.
Eu também os ponho no lixo (ainda não tenho compostagem - grande falha minha), julgo no entanto que no caso da podridão apical não haveria grande problema, dado que não é uma doença nem tem nenhuma bicharada, mas tal como o António não arrisco e vai tudo para o contentor.
O aditivo de cálcio que usei é o Complesal Cálcio da Bayer (comprei no Leroy Merlin), fiquei reticente em comprar porque não é orgânico, mas como era só para 2 tomateiros lá me convenci pulverizei os tomateiros com isso, mas apenas esses.
Quantos aos fertilizantes com elevado nível de Nitrogénio principalmente sobre a forma amoniacal, podem realmente ser uma das causas (segundo li), por exemplo o sulfato de amónia ou o nitrato de amónia que entram na composição de alguns adubos encontram-se na sua maior parte na forma amoniacal, uns nutrientes acabam por inibir a planta de absorver outros.
Confesso-lhe que não sou grande entendido em adubos (não uso), até agora só usei esterco de galinha, esterco de cavalo, fertilizante orgânico em pellets (marca fertigranu (recomendo vivamente, mas cheira um pouco mal), uso também um outro feito à base de minerais, algas e guanos de aves (da Geolia, também no Leroy Merlin) e ainda tenho, para as alcachofras, chifres e cascos moídos (praticamente só nitrogénio), este também deve resultar lindamente nas couves e alfaces mas é caro para esse efeito.
Uma das manias que tenho é de que leio sempre a composição quer de estrumes, quer de fertilizantes quer da própria terra que compro e para além dos micronutrientes olho com especial atenção para o NPK (Nitrogénio, Fósforo e Potássio), por exemplo, na terra onde vou plantar os tomates uso um fertilizante com o N mais alto que os outros (para favorecer a folhagem e o crescimento da planta) por exemplo com 5-4-4 ou 4-3-3 NPK, quando aparecem as primeiras flores já uso um com o N mais baixo que os outros e de preferência com o K mais alto para favorecer a floração e a produção de fruto (o da Geolia é: 4-6-10 N-P-K) e depois desta fertilização já não lhes ponho mais nada.
Muito haveria a dizer sobre isto e acho que não consegui ser muito claro.
Meço o pH do solo e os macronutrientes que existem nele (NPK). Há 3 anos e tal mandei vir um kit de análise da Inglaterra para analisar a terra do meu jardim de aromáticas e ficou-me o gosto pela coisa e meço sempre em vários pontos do terreno com terra que esteja a 15 ou 20 cm de profundidade, este é um processo químico de análise, entretanto também adquiri um outro que mede o pH e os nutriente através das partículas eléctricas mas não confio nadinha nele.
Abraço
João

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